
Planos de
saúde Crédito: Divulgação
Por mais
saudável que seja, o envelhecimento requer uma maior atenção à saúde, seja pela
necessidade de prevenção ou pela manutenção do bem-estar. Na Bahia, um total de
226.154 pessoas acima dos 60 anos têm convênio médico, com o intuito de ter
garantido o acesso à assistência que não dependa do serviço público. Esse
número, no entanto, só representa 9,7% dos idosos do estado – segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa
baiana é composta por 2.150.279 pessoas – que contam com opções de contratação
de planos de saúde de até R$ 16 mil.
Entre os
idosos, aqueles que estão acima dos 80 anos são os que, proporcionalmente, mais
fizeram adesão a um plano de saúde. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), o estado tem 38.706 idosos acima dessa idade com algum
convênio, o que é 11,2% de todos os idosos dessa faixa etária na Bahia,
conforme dados do Censo 2022 do IBGE.
Em seguida,
a maior adesão é de pessoas entre 60 e 64 anos, que somam 69.889 beneficiários
de convênios e representam 10,7% da população dessa idade em terras baianas.
Uma delas é a aposentada Rosana Varela, 64 anos, que recentemente precisou
trocar de plano de saúde devido ao alto custo que precisava desembolsar.
“Eu tinha um
plano de saúde que simplesmente parou de aceitar em todas as emergências da
cidade e acabei tendo que me internar em um hospital público, mesmo pagando
mais de R$ 3 mil por mês. Mudei para outro plano, que teve reajustes de quase
50%, chegando a R$ 7 mil. Ficou inviável de pagar. Hoje estou em um vinculado
ao trabalho no qual me aposentei, então consigo pagar metade do que pagava. É
caro, ainda assim, mas me assiste bem”, relata.
Os idosos
que têm entre 70 e 74 são os que menos têm convênio médico na Bahia. Segundo a
ANS, apenas 38.836 pessoas dessa faixa etária são beneficiárias de assistência
médica privada. O número corresponde a 9,90% do total de idosos do estado
(392.325 pessoas), segundo o IBGE.
Os pais da
advogada Talyne Carvalho Rocha, 40 anos, estão dentro dessa faixa de idade. Ela
conta que os dois possuem plano de saúde desde os 35 anos e, depois de se
tornarem anciões, passaram a sofrer para pagar o alto valor cobrado pelo
convênio. “Compromete a renda demais pagar mais de R$ 5 mil. A aposentadoria
toda do meu pai vai para o plano, que tem serviços médicos e hospitalares com
coparticipação, ou seja, quando eles usam, pagam mais. Os dois não estão
satisfeitos”, afirma.
A
soteropolitana Marlene Sampaio, 61, por sua vez, tem uma boa experiência com
plano de saúde e diz estar satisfeita com o serviço que recebe. “Pago um plano
empresarial, com preço super justo para minha faixa etária. [...] São R$497,89
mais coparticipação por uso. Condição especial para funcionário aposentado, um
plano vitalício”, frisa.
A diferença
de custos entre os planos ocorre em decorrência da amplitude de cada convênio.
O plano mais caro da Bahia custa R$ 16.071,00, atende a capital Salvador, bem
como as cidades de Feira de Santana e Camaçari. Tem cobertura ambulatorial,
hospitalar e obstetrícia, acomodação em enfermaria, não cobra coparticipação e
conta com abrangência em um grupo de estados.
Já o plano
mais barato para a terceira idade pode ser adquirido por R$ 293,56, conta
apenas com cobertura ambulatorial e abrangência nacional, sendo cobrada taxa de
coparticipação por uso. Os interessados em consultar o preço com base em idade
e localização, podem fazer a Pesquisa de Planos de Saúde, no site da ANS.
Por
Correio24horas