
Foto:
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Um total
de 56% dos brasileiros são contra a aprovação de um projeto para conceder
anistia aos presos e condenados pelos atos de vandalismo nas sedes dos três
poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. É o que mostra pesquisa
Datafolha divulgada nesta segunda-feira (7).
O
resultado apurado pelo Datafolha é o mesmo apresentado em pesquisa da
Genial/Quaest que foi revelada ao público neste domingo (6). Na pesquisa
Quaest, os mesmos 56% disseram acreditar que as pessoas envolvidos nos atos de
vandalismo deveriam continuar presas.
No
Datafolha desta segunda, 37% afirmaram ser a favor da aprovação do projeto de
anistia aos presos do 8 de janeiro. Já no levantamento da Quaest, 18% afirmam
que essas pessoas nem deveriam ter sido presas, e 16% pensam que devem ser
soltos porque já estão presos há tempo demais, o que resulta em 34% que, de
alguma forma, defendem a anistia.
A questão
do tamanho das penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal aos que foram
condenados até aqui pelos atos do 8 de janeiro revelam maior divisão entre os
entrevistados do Datafolha: 34% consideram adequada a sentença de 17 anos de
prisão fixada para alguns condenados, 36% acham que ela deveria ser menor
e 25% avaliam que ela deveria ser maior. Apenas 5% responderam não saber.
A visão
sobre o projeto da anistia muda de forma expressiva entre os eleitores do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Jair Bolsonaro. Para 72% dos que
disseram votar em Bolsonaro, deveria sim haver anistia. Já 68% dos que
afirmaram ter votado em Lula rejeita a ideia de anistiar os condenados pelo
vandalismo em Brasília.
O
Datafolha também questionou seus entrevistados sobre uma eventual mudança
na Lei da Ficha Limpa, que surgiu como estratégia da oposição para tentar
reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. As opiniões na
pesquisa estão divididas: 47% são favoráveis à alteração, outros 47% são
contrários, e 5% dizem não saber.
O
instituto Datafolha entrevistou 3.054 eleitores de 172 cidades entre os dias 1º
e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Por Bahia
Notícias