
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, deixou de seguir a
recomendação de sua própria pasta ao não tomar as duas doses de reforço da
vacina contra a Covid-19 em 2024. Seu cartão de vacinação, que registra um
total de seis doses desde o início da pandemia, indica que a última aplicação
ocorreu em fevereiro de 2024.
A recomendação do ministério é que pessoas com 60 anos ou
mais recebam duas doses da vacina contra a Covid-19 por ano. A ministra, que
tem 67 anos, se enquadra nesse grupo.
Desde dezembro de 2024, a vacinação contra Covid-19 passou a
compor o Calendário Nacional de Vacinação para idosos a partir de 60 anos e
gestantes. Segundo informe técnico, a orientação é que essa população tome uma
dose a cada seis meses. O caso foi divulgado pelo Metrópoles e confirmado pela
Folha.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a caderneta de
vacinação da ministra será atualizada nesta semana. A pasta também confirmou
que ela recebeu apenas seis doses da vacina.
"Para a população a partir de 60 anos de idade a
recomendação é o recebimento de uma dose a cada seis meses, independentemente
da quantidade de doses prévias recebidas", disse o informe técnico.
O documento também destaca que pessoas com 60 anos ou mais
têm acesso a três vacinas contra o vírus: Moderna, Pfizer e a do Instituto
Serum, representado pela farmacêutica Zalika.
Essa última estava prevista para continuar sendo usada no
esquema vacinal de 2025, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) negou o pedido de atualização da vacina do Instituto Serum.
No ano passado, o Ministério da Saúde concluiu a compra de 69
milhões de doses de vacinas contra a Covid. O contrato previa imunizantes com
cepas atualizadas, visando garantir a proteção da população pelos próximos dois
anos.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou a atualização
dos imunizantes para a cepa JN.1, atualmente a mais prevalente. Hoje, as
vacinas disponíveis para a população ainda são direcionadas à cepa XBB.
Por Bahia Notícias