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Amanda Ercília/GOVBA
A
Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) realiza um censo com o
objetivo de mapear o perfil dos pacientes com doença falciforme (DF) na Bahia.
Através de um questionário disponível no site da Fundação
(www.hemoba.ba.gov.br), o censo busca formar um banco de dados sobre a
incidência da doença no estado. A ação é promovida a partir do Centro Estadual
de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim
(CERPDFRV/Hemoba), juntamente com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
A DF
trata-se de uma doença genética, hereditária e caracterizada por alterações nas
hemácias (glóbulos vermelhos) do sangue, que se tornam rígidos e assumem
formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para cérebro, pulmões,
rins e outros órgãos. A Bahia é o estado que apresenta a maior incidência da
doença no Brasil, estimada em 1 caso para cada 650 nascimentos, enquanto no
país estima-se o nascimento de 700 a 1.000 casos novos anuais.
É uma
doença mais comum em indivíduos da raça negra (pretos e pardos), mas devido à
intensa miscigenação historicamente ocorrida no Brasil, pode ser observada
também em pessoas de raça branca.
Realizada
desde junho do ano passado, a pesquisa já cadastrou 1.144 pacientes de 246
municípios do estado. Entre eles, 1.045 estão em tratamento, 698 fazem uso de
medicamentos, 421 realizam transfusão de sangue, 32 possuem prótese e 50
apresentam úlceras. Em sua maioria, são pardos (568) e pretos (495), na faixa
etária de 25 a 59 anos (439) e foram atendidos no Centro de Referência (493) e
APAE Salvador (175).
Por Bahia Notícias