Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu
prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR), se manifestar
sobre os esclarecimentos prestados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da
Embaixada da Hungria. Após receber o parecer da procuradoria, o ministro vai
analisar o caso.
Mais cedo, a defesa de Bolsonaro afirmou que seria "ilógico" sugerir
que o ex-presidente pediria asilo político durante o
período em que ficou hospedado na embaixada da Hungria, em Brasília, no mês
passado.
A explicação foi enviada ao Supremo após Moraes dar prazo de 48 horas
para Bolsonaro explicar a estadia. Na segunda-feira (25), o
jornal The New York Times publicou que o ex-presidente permaneceu entre os
dias 12 e 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada.
Dias antes, em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido
por determinação de Moraes após sofrer uma busca e apreensão durante
a Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado
no país após o resultado das eleições de 2022.
Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas
autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao eventual
cumprimento de um mandado de prisão.
Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que
esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste,
capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes
elogios públicos.
Por Bahia
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