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A nomeação de Sátiro Cerqueira Júnior para o cargo de diretor-adjunto do
Conjunto Penal de Salvador I gerou polêmica e provocou uma reação imediata na
Assembleia Legislativa da Bahia. O deputado estadual Leandro de Jesus (PL)
protocolou uma ação popular na Justiça visando barrar a nomeação, alegando
incompatibilidade do nomeado com os critérios legais e morais exigidos para o
exercício da função.
Sátiro foi nomeado no último
dia 28 de maio pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). Servidor da Secretaria
de Administração Penitenciária desde 2015, ele já atuava na mesma unidade
prisional em que foi detido, em agosto de 2019, após ser preso em flagrante por
tentativa de homicídio. A denúncia formal contra ele, que ainda tramita na
Justiça, inclui acusações de homicídio por motivo fútil, homicídio à traição e
crime tentado.
Segundo o parlamentar, a
nomeação fere diretamente o princípio da idoneidade moral, previsto na Lei de
Execução Penal (Lei nº 7.210/1984como requisito básico para o exercício de
cargos de direção em estabelecimentos prisionais. “É inadmissível que o governador
nomeie para um posto que requer reputação ilibada alguém que responde por uma
tentativa de homicídio. Este é o cenário da Bahia do PT, reflexo dos anos de
insegurança que vivemos”, afirmou Leandro.
O crime pelo qual Sátiro
responde teria ocorrido após uma discussão com um vizinho sobre o volume de
som, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. A prisão em flagrante
foi convertida em prisão preventiva no dia seguinte, durante audiência de custódia.
Na função de diretor-adjunto,
Sátiro teria a responsabilidade de auxiliar na gestão do Conjunto Penal de
Salvador, colaborando na organização, manutenção da ordem e segurança da
unidade. A indicação tem gerado controvérsia por envolver um servidor com histórico
judicial em aberto, atuando justamente no sistema penitenciário.
Por Bahia Notícias