Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), negou, neste sábado (17), o pedido feito por advogados do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PLpara um possível adiamento nos depoimentos no inquérito que
apuram uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A defesa alegou que não teve tempo hábil para analisar todo o
material disponibilizado e que a realização das audiências sem essa análise
compromete o direito à ampla defesa. As oitivas estão previstas para começar na
segunda-feira (19e devem seguir até o fim do mês.
Conforme os advogados, a Polícia Federal encaminhou, nos dias
14 e 15 de maio, três links com documentos que somam cerca de 40 terabytes,
enviados a pedido do relator. Apesar disso, Moraes afirmou que o envio do
material não altera o curso do processo nem o conteúdo da acusação feita pela
Procuradoria-Geral da República (PGR).
“A disponibilização desse material, entretanto, em nada
alterou os fatos imputados na acusação, consubstanciada na denúncia oferecida
pelo Ministério Público e o conjunto probatório em que foi baseada e que, em um
1º momento foram analisados pelo Poder Judiciário em sessão de recebimento da
denúncia e cuja instrução probatória terá início com a audiência para oitiva
das testemunhas indicadas”, diz trecho da decisão.
Segundo informações do Poder 360, as audiências ocorrerão por
videoconferência. Não haverá transmissão oficial, mas os depoimentos poderão
ser acompanhados por jornalistas por meio de um telão.