
Foto: Divulgação / CBF
Após o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da
Confederação Brasileira de Futebol, definida pela Justiça do Rio de Janeiro, na
última quinta-feira (15), a entidade se encontra ameaçada por uma possível
punição da FIFA. No estatuto da federação, qualquer interferência da Justiça
Comum na administração das confederações é expressamente proibida, e pode gerar
punições para o futebol do país.
Em 2023, na primeira vez em que Ednaldo havia sido afastado,
a entidade máxima do futebol notificou a CBF sobre os riscos de sanções que
poderiam sofrer caso houvesse intervenção de terceiros nos conflitos
internos.
“Gostaríamos de lembrar que de acordo com o art. 14 par. 1 i)
e art. 19 dos Estatutos da FIFA, as associações membros da FIFA são obrigadas a
gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de
terceiros. Qualquer violação destas obrigações pode levar a potenciais sanções,
conforme previsto nos Estatutos da FIFA”, confirmava parte do documento
enviado.
Na época, a Seleção Brasileira estava se preparando para
participar do Pré-Olímpico que ia ocorrer na Venezuela. Por não ter um
presidente reconhecido pela FIFA, a equipe não podia inscrever seus atletas,
que foi um dos argumentos utilizados pelo Ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), para recolocar Ednaldo no cargo da presidência.
Caso seja punida, a Seleção Canarinha ficaria impedida de
disputar amistosos, eliminatórias e, em última instância, a própria Copa do
Mundo de 2026. Além disso, os clubes do país seriam retirados das competições
da CONMEBOL, como é o caso da Copa Libertadores, Sul-Americana e do Mundial de
Clubes.
CBF ATUALMENTE
Depois de ter afastado o presidente da CBF, o desembargador Gabriel Zefiro
destituiu Fernando Sarney como interventor para conduzir as próximas eleições
da entidade.
Ainda no mesmo dia da decisão, Ednaldo Rodrigues recorreu e
entrou com um pedido para suspender os efeitos da decisão do TJ-RJ. Caso o
pedido não seja acolhido, o gestor ainda solicitou que o Ministro reconheça
como ilegal a posição de interventor dada a Fernando Sarney.