O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que a exploração mineral baiana avançou 26% durante o primeiro semestre deste ano. A Bahia foi na contramão do cenário nacional, que registrou uma queda de 9% no mesmo período analisado.

 

Também houve um acréscimo na arrecadação da Bahia, com um aumento de 33%, de acordo com dados de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). No Brasil, esse indicador registrou queda de 26,5%.

 

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, atribuiu o bom resultado do estado com a diversidade de substâncias comercializadas. Atualmente, a Bahia produz 47 tipos diferentes de minerais.

 

“A mineração baiana alcançou R$ 5,2 bilhões em faturamento, ou seja, um bilhão e 100 mil reais a mais do que foi contabilizado no mesmo período do ano passado, quando o faturamento foi de R$ 4,1 bilhões. Enquanto os nossos índices são positivos, em Minas Gerais houve queda de 26% no faturamento e o Pará despencou mais ainda, com 37%”, disse Tramm.

 

"Já na arrecadação de CFEM eles caíram 27,8% e 39,3%, respectivamente. É nesse cenário que a Bahia mostra o potencial que tem e a gente espera que as empresas e os investidores continuem atentos para isso”, completou.

 

Segundo os levantamentos do Ibram, do volume de investimentos nacionais 15% são da Bahia, o Pará fica com 11% e Minas com 27%, considerando recursos privados e públicos, que estão em execução e os que estão previstos até 2026. 

 

O ouro foi responsável por 5,2% da arrecadação de CFEM por substância no país, no primeiro semestre deste ano, na sequência vem o cobre, com 4,7% e o alumínio, com 2,3%. O minério de ferro, sozinho, foi responsável por 71% do imposto arrecadado, as demais substâncias compõem os outros, 16,9% do total. Os dados são da Agência Nacional de Mineração (ANM).


Foto: Mateus Pereira/GOVBA