Uma espécie de confessório público ocorreu na última sessão da Câmara de Acajutiba, no Agreste baiano. A situação ocorreu na última quarta-feira (22) e teve início quando o vereador José Lins Dantas, o Zé de Léo (PP); começou a interrogar o presidente da Casa, Reginaldo Rodrigues Neres, o Regis do Trailer (PP).

 

Dantas questionava Neres sobre a possiblidade de uma nova eleição da mesa-diretora, da qual era contrário, mas resolveu adiantar outras perguntas. Foi quando o vereador citou uma funcionária que atuaria como “fantasma” na controladoria da Câmara. Dantas aproveitou para rebater uma acusação antes feita por Neres.

 

“Aqui tem muita coisa que a gente precisa voltar a esclarecer nessa Casa. Outro dia, o senhor comentou a respeito de uma funcionária nossa que não se apresentava. Acho que tem que cobrar mesmo. Mas tem funcionária aqui que nem aparece”, comentou ao dizer que viu a pessoa uma vez, e no dia do pagamento de salário.

 

O presidente da Casa respondeu que a funcionária era controladora. Ao ouvir de volta: “controladora de quê?”, o legislador disse, sem cerimônia: “controladora serve para assinar só, vereador”.

 

A discussão emendou com assuntos pessoais quando Dantas interrogou o colega se ele achava correto ter um funcionário que não aparecesse para trabalhar. Aí, foi a vez de o presidente da Casa cutucar o interlocutor: “a empresa do senhor é tudo legalizado?”.

 

“Graças a Deus, tô (sic) terminando de legalizar”, respondeu Dantas. Não se sabe se a funcionária apontada como controladora foi desligada ou recebeu alguma punição. A contenda aí teve discussão sobre “caixa dois” e suspeita de demissão irregular.